A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (27), a operação "Destoante", que investiga fraudes na concessão de benefícios previdenciários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação resultou afastamento de dois servidores públicos por suspeita de participarem do esquema criminoso.
Os policiais também cumpriram cinco mandados de busca e apreensão, todos em Chapecó (SP). Segundo a PF, os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato previdenciário e peculato eletrônico.
Investigação
As investigações do caso tiveram início em 2024, quando os dois servidores afastados ficaram sob suspeita de integrar o esquema de concessão irregular de benefícios, incluindo pagamentos retroativos.
A operação contou com o apoio da Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária (CGINP), do Ministério da Previdência Social.
Estima-se que os prejuízos para os cofres públicos sejam de R$ 2,3 milhões. No entanto, conforme a PF, a suspensão dos benefícios fraudulentos vai trazer uma economia de mais de R$ 22 milhões.
Aposentados e pensionistas do INSS que sofreram desconto de mensalidade associativa na folha de pagamentos de abril começaram a receber os valores devolvidos nessa segunda-feira (26). Serão reembolsados, ao todo, R$ 292 milhões aos beneficiários.
Já o valor total do ressarcimento dos descontos indevidos deve ser de até R$ 2 bilhões, segundo disse, em entrevista ao jornal O Globo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Esse total representa cerca de um terço das deduções realizadas desde março de 2020, de R$ 5,9 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Governo.